terça-feira, agosto 28, 2007

Sou racista e estou contente (Abano o rabo)

Sim, afirmo já aqui que sou racista e com muito orgulho!
Vivemos num país onde a luta contra a discriminação cada vez mais cresce e flui em todos os segmentos sociais, onde quem é racista é olhado de lado, é marginalizado.
Mas são todos hipócritas, dizem que não são racistas, mas no seu intimo... lá está esse sentimento de diferença perante as outras raças, existindo sempre o pensamento de "rótulos", olha ali vai um..., aquele ali é um..., ou aquele ali tem uma relação com outro de uma raça diferente, sendo se fossem da mesma, nem sequer eram notados e alvos de qualquer pensamento...
Digo que este país está no estado que está porque existem muitos de outros países a virem para cá, roubando o lugar que é nosso por direito. E o pior é que se misturam em Interracialidade, despromovendo a pureza da nossa raça... É só mestiços, rafeiros de merda!
Sou serra da estrela puro e tenho muito orgulho. O problema que existe é a economia estar mal e os estrangeiros vem ocupar o lugar que era devido a nós, como somos maiores, comemos mais e ocupamos mais espaço, e as pessoas não estão para pagar tanto pela nossa alimentação, por isso pagam menos com os imigrantes Chihuahuas, Terries, e os que mais odeio são os caniches. Antes do 25 de Abril as famílias eram grandes, viviam em grandes casas com quintais onde podíamos viver à vontade, agora é uma vergonha, vivem em autenticas cubículos. Agora é vê-los nas ruas felizes com os seus donos, onde devíamos ser nós a lá estar. E depois por causa da miséria, abandonados , muitos tornam-se marginais, é só merda que fazem, especialmente no passeio, é só rafeiros pelas ruas a revirar os caixotes do lixo, a cometerem assaltos, especialmente aos talhos, a violência a aumentar, ataques ferozes sobre inocentes, propagando doenças como a raiva...
É vê-los a reproduzirem-se entre si e as raças cada vez mais a perderem-se, é só misturas por todo o lado...
Se este país quer avançar isto vai ter de acabar. Eu luto por isso, quero manifestar, quero ladrar bem alto, basta! Vão para a vossa terra!
Pertenço ao M.O.P. ( Matilha de Orgulho Pedigree), e à dois meses fizemos uma bonita manifestação no Terreiro do Paço, vieram camaradas nossos da Alemanha, um belo grupo de 50 pastores alemães, ladrámos em alto tom defendendo a pureza da raça. Mas como este país não é uma democracia que diz ser, fomos logo impedidos, uma carga de cães policias caiu sobre nós e lá tivemos de parar... Fascistas de merda!
Já me esquecia, também odeio pretos! Sempre que vejo um corro, ladro e mordo. Eu não era assim, mas tive um treino intensivo por parte do meu dono, o José Pinto Coelho do PNR. Antes não fazia distinção, eram todos iguais, desde que me dessem festinhas ou Friskies, era me indiferente...
Camaradas, VIVA PORTUGAL, viva uma nação valente cuja força marcha para a mudança de rumo, somente para a pureza do que é nacional.
Um bem haja a todos os Cães da Serra de Aires, Fila de S. Miguel, da Serra da Estrela, de Castro Laboreiro, de Gado Transmontano, e aos Podengos, Perdigueiro e Cães de Água portugueses!

Black Killer do MOP e PNR

quinta-feira, agosto 23, 2007

PIIII!!!!


Operadora- Atendimento ao Cliente Optimus, boa tarde. Com quem tenho o prazer de estar a falar?
Mulher- Boa tarde. È o seguinte... eu queria mudar de numero e queria saber se há algum custo associado.
O.- Com certeza, podia-me só dizer o seu...
M.- ... è que desde que estou na Optimus que nunca mudei de número e... pronto, não sei.
O.- Com certeza, podia-me dizer só o seu número, por favor?
M.- Err, sim... Pois, eu não o sei de cór, tenho que ir aqui à... Vou só aqui à lista ver o número, está bem?
O.- Esteja à vontade que eu aguardo.
M. -Ok, deixe-me só... Isto está uma confusão, não sei onde ponho nada! A minha secretária é um escândalo..
O.- Eheh, devia ver a minha. Zona de caos...
M.- É como eu. È como ter letra de médico sem ser médico, tá a ver?
O.- Sim, entendo perfeitamente. Não me chegou a dizer o seu nome...
M.- Ah, sim, fala ... espere, deixe-me procurar aqui atrás deste pisa-papéis, ou escultura como o chamam, whatever... Cá está a lista! Ora...
O.- ....
M.- ...Ora o número é o 937304459.
O.- Muito bem, deixe-me só confirmar...
M.- Sim...
O.- Vejo aqui que não é a primeira vez que muda o seu número, tenho registo de outra mudança, confirma?
M.- Outra?... Ah, sim, peço desculpa! Sim, já mudei uma vez, estas coisas às vezes passam-me. Sabe como é, isto às vezes só mudando de número porque há pessoas que não desgrudam e sabe como é, é melhor cortar logo...
O.- Como se trata de uma segunda mudança, o custo associado a obter um novo número é de 10 euros, a serem descontados no seu saldo. Deseja continuar?
M.- 10?! Hum, estranho, fartei-me de mudar de número enquanto tive na Vodafone e nunca foi preciso pagar nada, era só telefonar e, pronto.
O.- Pois, a política da Optimus é diferente, como deve compreender a mudança de número requer muitos movimentos e algum cuidado...
M- Pois...
O.- ...não vá um cliente nosso ucraniano começar a receber chamadas para sí às 5 da manha!
M.- Eheh, nem faria grande mossa porque quem me telefona às 5 da manhã costuma estar tão cheio de bebidas russas que a conversa até seria interessante.
O.- Eheheh, é possivel, é possivel. Estou aqui a ver os seus registos... Hum... O seu número antigo era o 967803947?
M.- Oh minha querida, não faço a minima ideia, fosse eu a decorar os números todos que já tive... Mas pronto, eu não sei se quero mudar desta vez, já que tenho de pagar... Eu vou ver e depois volto a ligar, acho eu.
O.- ...
M.- Mas queria falar consigo, não queria ter que explicar tudo outra vez a um colega seu borbulhento e... gostei da sua voz. Quando telefonar vou pedir para falar consigo, está bem? Diz-me o seu nome?
O. -...
M.- Estou?
O.- Concerteza Rita, daqui fala a Joana. E a Optimus sugere que sempre que estiver interessada em mudar de número ou de pessoas, que tenha o discernimento de deixar a porra da chave e não lhes levar lembrançazinhas de casa, nomeadamente o meu Discman e a escultura do Cubo de Mármore, que diga-se de passagem deve ser a coisinha mais arrumada que deves ter na merda dessa casa!
M- ...
O.- Visto não ter mais nenhuma questão Optimus, dou por encerrada este ligação!

PIIII!!!
O. - Atendimento ao Cliente Optimus, boa tarde. Com quem tenho o prazer de estar a falar?
Homem- Olhe, muito boa tarde, eu, err, eu perdi o meu cartão!...





Hey, gente! Sei que tenho andado bastante ausente e tal, mas tenho andado... a trabalhar. Sim, eu produzo!!! Tou na optimus a atender burgessos, das 5 às 11 da noite, lá pros campos grandes. è terrivel, mas ao menos trabalho num cubículo. Apesar de ser fã do Dilbert, a verdade é que sempre gostei da ideia de cubículo, tipo o teu próprio espaço dentro de um não-lugar...
Seja como for, é deprimente mas tou quase a receber. Digam-me coisas, já não me posso dar ao luxo de deprimir!!
E agora tenho de ir correr pra casa, acabei de me aperceber que deixei os óculos em casa. Cya!!

sexta-feira, agosto 03, 2007

Pequenos prazeres ocultos aqueles que estão internados num hospital.

Vocês não sabem, mas eu digo-vos: estive quatro dias internada no hospital de Faro e três dias no Santa Maria. Como tal, tive bastante tempo para observar a flora, fauna e pequenos costumes desses seres que habitam o temeroso mundo dos hospitais portugueses.

Se pensam que vão para o hospital para descansar, estão muito enganados. Vão para ouvir gritos de noite, doentes deambulantes que não sabem muito bem para onde vão e tentam convencer a enfermeira que têm o tio Eufrâmio à espera lá em baixo, que é uma emergência e precisam mesmo de sair. Há também aqueles que fazem questão de vomitar no quarto, apesar de se poderem mexer e de a casa de banho ser a menos de cinco metros, obrigando as restantes pessoas a controlar a náusea a noite toda. E depois há aqueles que fazem questão de gritar noite e dia, esperando que por entre os "uis" e "ai Jesus/ meu Deus" a enfermeira se compadeça e lhes dispense uma dose extra de comprimidos para dormir, aliviando doentes e pessoal.

Num hospital não existe dinheiro. A economia baseia-se na troca directa, no contrabando de suminhos, bolachas, chocolates e, quiçá com alguma sorte, uma refeição com sal.
Partilham-se histórias e vivências, confessam-se mágoas e crimes, fazem-se promessas de contacto futuro. E tudo isto porque não há mais nada para fazer.

Num hospital há poucos prazeres. Estar o dia inteiro numa cama a olhar estupidamente para uma televisão não é especialmente interessante. Vai daí que decidi fazer uma lista dos pequenos prazeres a que não damos muito valor no dia a dia, mas que nos parecem pérolas assim que temos alta.

Aqui vai ela:

- coçar o nariz com as duas mãos.
- tapar sozinho a narina para inalar o medicamento da asma.
- cortar o bife.
- subir e descer da cama
- coçar o rabo, dar peidinhos e arrotar.
- ir a casa de banho sem se preocupar com o barulho ou com as possíveis infecções/vírus que podemos apanhar se nos sentarmos na sanita.
- dormir de noite.
- dormir de dia.
- lençóis sem cheiro a éter.
- comer comida com sabor.
- bater palmas.
- tomar banho com as duas mãos.
- despir e vestir a roupa sem ter que passar o boião do soro, do paracetamol e do antibiótico pelas mangas.
- deixar cair coisas ao chão e apanhá-las, sem esforço absolutamente nenhum.
- estar sozinho.
- não ter horários para estar com os amigos.
- silêncio.
- dobrar o cotovelo ou a mão sem dores.
- lavar a cabeça com as duas mãos, sem nos preocuparmos em molhar o braço ou ter dores.
- lavar os pés antes de ir para a cama.
- tirar macacos do nariz.
- dizer asneiras, praguejar ou dizer mal de alguém.
- ver alguma coisa na televisão que não seja telenovelas ou programas da manhã/tarde.
- dormir em qualquer posição, sem lençóis por cima, sem nos preocuparmos se temos as cuecas ou o soutien à mostra.
- dormir sem ter que pensar em todos os malucos que estão internados no nosso quarto e no quarto ao lado e no que lhes irá pela cabeça.
- não cheirar os peidos da velhota do lado.
- roer as unhas.
- falar alto.
- cantar.
- dar gargalhadas sem nos sentirmos culpados pelo mau estar das pessoas do lado.
- dizer piadas maliciosas, com a certeza de não ofender ninguém.
- não cheirar chichi todo o dia.
- fazer a depilação.
- sexo.
- sentir-se bonita, ou pelo menos apresentável.
- ter conversas privadas.
- não se sentir obrigada a estar com as pessoas.


Há muitas mais coisas que se poderiam inserir nesta lista, mas a minha avó chegou, estou cheia de fome e quero ir gozar a minha liberdade recentemente adquirida.

Um grande bem haja para todos!