quarta-feira, dezembro 19, 2007

Como acabar uma amizade?

Como se acaba uma amizade? Um namoro, isso é fácil, há sempre a desculpa do "não és tu, sou eu", ou "encontrei uma pessoa que não é melhor que tu em nada, mas que me fez pensar nas coisas", ou o mítico "já não gosto de ti dessa maneira, mas podemos ser amigos.". Numa amizade todas essas frases perdem o sentido... A sociedade faz da amizade uma espécie de instituição, um muro inabalável, assumindo que as pessoas não mudam e, se mudam, mudam todas no mesmo sentido. A única forma "natural" de acabar com uma amizade é o afastamento causado pelo atarefado dia-a-dia, ou pelos desínios geográficos da vida de cada um. Como se acaba uma amizade de um dia para o outro, alguém com quem convivemos regularmente, mas que por uma razão ou por outra deixou de nos ouvir, ou nós deixámos de a ouvir a ela?
É muito mais doloroso e difícil admitir o fim de uma amizade. Toda a gente nos diz que os amigos são para sempre e nós forçamo-nos a acreditar nisso, acabamos por tomar as nossas amizades como garantidas.
E se as exigências de uma amizade mudarem? E se os polos da amizade forem forçados a inverter-se, se as funções de cada um dentro da relação forem obrigadas a mudar? E se as pessoas não tiverem a capacidade necessária para se adaptar? E se a obrigação da amizade as fizer continuar a insistir num caso perdido, algo que já não tem remédio? E se ambas as partes querem continuar amigas, mas não conseguem? E se a separação é tão dolorosa que ambas sofrem horrores e afastam o momento fatídico o mais possível? Consultam um conselheiro matrimonial? Não. A amizade é supostamente autosuficiente. Supostamente cura-se a si mesma, confiando no tempo e no bom senso. (E se o bom senso não existir e o tempo for escasso?)
A amizade é, supostamente, a maior instituição dentro das relações. Um namorado/marido deve ser primeiro um amigo, o que deixa o amor para segundo plano. As nossas relações positivas com a nossa família baseiam-se numa espécie de amizade selada com pacto de sangue (essas sim, são ainda mais difíceis de acabar, mesmo que já estejam partidas há muito tempo). Tudo se baseia na ideia da eterna e inabalável amizade, na impossibilidade de haver uma discórdia grande o suficiente para causar o fim da mesma. Um amor acabar é considerado normal, já uma amizade...
Mas o que é o amor, afinal? Não será uma amizade mais intensa?
A intensidade do amor causa quebras no inquebrável muro da amizade, os abanões fazem as fundações mais fracas ceder rapidamente. Não será a amizade igual ao amor? Sim, não é socialmente aceite beijarmos a nossa melhor amiga ou termos relações sexuais com ela, mas não é considerado normal dormirmos juntas, abraçadas até? Não é considerado normal partilhar momentos da vida com a melhor amiga, momentos únicos e especiais, assim como o é com o objecto de afeição?
Se a amizade tem tantas parecenças com o amor, não será então natural que também ela acabe quando exposta a circunstâncias que não consegue sustentar?


Porque será então que a amizade e o amor se dão tão mal?

quarta-feira, novembro 14, 2007

domingo, novembro 11, 2007

sábado, outubro 20, 2007

O mundo



Sem comentários.

quinta-feira, outubro 18, 2007

O país.




Sem comentários.

segunda-feira, outubro 15, 2007

BLOG ACTION DAY


Ora bem...

Passaram já quase dois dias desde a ultima vez que pensei no Ambiente, já não me recordo a que propósito. Não interessa muito, talvez tenha olhado para o caixote de lixo orgânico na cozinha a transbordar de papel, talvez me tenha apetecido comer qualquer coisa diferente e porque não vegan, talvez me tenha recordado do cabelo ruivo daquela tipa da Acção Animal...
Não, já sei. Li um texto no Público sobre pessoas com mais de 30 anos que não conduzem e comecei a sentir-me bem acerca do facto de ter a carta à 3 anos e não conduzir à 2. Se me perguntarem porquê no Bairro Alto e não me conhecerem bem, talvez omita a minha completa inabilidade ou o meu medo aterrorizante da condução e diga que é por razões ecológicas.
Right.

Não me interpretem mal, não estou pessimista de todo em relação ao destino do Ambiente na Terra, na verdade já me imergi à algum tempo num estranho optimismo, sem qualquer razão de causa, que me ajuda a andar por aí sem fazer ondas. Não sei se o optimismo é genuíno se é mais uma desculpa para não fazer nada ou muito pouco (um cadechinho) mas, sinceramente, estou-me a cagar.
São tudo fases, right?

Pronto. Anitavaiaomel adere ao BLOG ACTION DAY! Acabei de dar 3 minutos inteiros ao planeta.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Pequena nota mais pequena que o título sobre o facto de não saber nada sobre mulheres e isso me estar sinceramente a assustar.



Escreve “FODE-ME” no peito, sai nú para a rua e atravessa a cidade. Se alguém te realmente quiser foder, aceita-o e sorri! Só assim estarás perto de saber o que é ser mulher.
L word


Eu não sei e tenho medo, um medo terrivel e castrador, quando o encaro de frente. Uma espécie de temor quente que esteve sempre cá mas que só dá de si no limite, um bocado como a consciência da morte nos ultímos segundos de vida ou whatever, nunca lá tive...

Sabem aqueles filmes em que há um serial killer e um policia num jogo do gato e do rato, em que o polícia se tenta meter na mente do criminoso dando origem a filtros verdes e movimentos de camera manhosos? Aceitando o desafio do assassino, o polícia quase se torna um também, até ser salvo pelo beijo da filha da contina... Quando me tento emergir na minha fabricação de como é ser mulher, desde o tempo das cavernas ao das Lojas do Cidadão, o que se sinto roça o mesmo.

Se a exposição é tão terrivel, se o mundo como existe não lhes oferece protecção e reforça sempre que pode um “poder feminino” que nada mais é que a habilidade para satisfazer ou seduzir um homem, então como sai uma mulher de casa??? Porque é que nunca são mulheres a passarem-se da marmita e a entrarem num sitio qualquer armadas até aos brincos com muito más intenções?? O que se passa, o que me estão a esconder? O Vikings tinham pavor de morrer a dormir muito provavelmente por causa das Vikings com quem dormiam, scary bitches...

Não consigo encarar a ideia de “homem” sem esconder nos seus confins um pavor imenso, escondido numa caixa de Pandora que apenas precisa de uma ou outra humilhação para ser aberta. Os soldados morrem a gritar pela Mãe e essa é para mim a unica verdade de um jogo de futebol.


Fuck, isto é tudo tão inutil... Se eu recebesse um livro com a verdade sobre homens e mulheres, o mais provável era não conseguir abri-lo. Tipo “A Verdade Sobre Deus”, potencial best-seller de cabeceira...
Btw, ya, L Word é muito bom, vejam se puderem... e kê.

terça-feira, agosto 28, 2007

Sou racista e estou contente (Abano o rabo)

Sim, afirmo já aqui que sou racista e com muito orgulho!
Vivemos num país onde a luta contra a discriminação cada vez mais cresce e flui em todos os segmentos sociais, onde quem é racista é olhado de lado, é marginalizado.
Mas são todos hipócritas, dizem que não são racistas, mas no seu intimo... lá está esse sentimento de diferença perante as outras raças, existindo sempre o pensamento de "rótulos", olha ali vai um..., aquele ali é um..., ou aquele ali tem uma relação com outro de uma raça diferente, sendo se fossem da mesma, nem sequer eram notados e alvos de qualquer pensamento...
Digo que este país está no estado que está porque existem muitos de outros países a virem para cá, roubando o lugar que é nosso por direito. E o pior é que se misturam em Interracialidade, despromovendo a pureza da nossa raça... É só mestiços, rafeiros de merda!
Sou serra da estrela puro e tenho muito orgulho. O problema que existe é a economia estar mal e os estrangeiros vem ocupar o lugar que era devido a nós, como somos maiores, comemos mais e ocupamos mais espaço, e as pessoas não estão para pagar tanto pela nossa alimentação, por isso pagam menos com os imigrantes Chihuahuas, Terries, e os que mais odeio são os caniches. Antes do 25 de Abril as famílias eram grandes, viviam em grandes casas com quintais onde podíamos viver à vontade, agora é uma vergonha, vivem em autenticas cubículos. Agora é vê-los nas ruas felizes com os seus donos, onde devíamos ser nós a lá estar. E depois por causa da miséria, abandonados , muitos tornam-se marginais, é só merda que fazem, especialmente no passeio, é só rafeiros pelas ruas a revirar os caixotes do lixo, a cometerem assaltos, especialmente aos talhos, a violência a aumentar, ataques ferozes sobre inocentes, propagando doenças como a raiva...
É vê-los a reproduzirem-se entre si e as raças cada vez mais a perderem-se, é só misturas por todo o lado...
Se este país quer avançar isto vai ter de acabar. Eu luto por isso, quero manifestar, quero ladrar bem alto, basta! Vão para a vossa terra!
Pertenço ao M.O.P. ( Matilha de Orgulho Pedigree), e à dois meses fizemos uma bonita manifestação no Terreiro do Paço, vieram camaradas nossos da Alemanha, um belo grupo de 50 pastores alemães, ladrámos em alto tom defendendo a pureza da raça. Mas como este país não é uma democracia que diz ser, fomos logo impedidos, uma carga de cães policias caiu sobre nós e lá tivemos de parar... Fascistas de merda!
Já me esquecia, também odeio pretos! Sempre que vejo um corro, ladro e mordo. Eu não era assim, mas tive um treino intensivo por parte do meu dono, o José Pinto Coelho do PNR. Antes não fazia distinção, eram todos iguais, desde que me dessem festinhas ou Friskies, era me indiferente...
Camaradas, VIVA PORTUGAL, viva uma nação valente cuja força marcha para a mudança de rumo, somente para a pureza do que é nacional.
Um bem haja a todos os Cães da Serra de Aires, Fila de S. Miguel, da Serra da Estrela, de Castro Laboreiro, de Gado Transmontano, e aos Podengos, Perdigueiro e Cães de Água portugueses!

Black Killer do MOP e PNR

quinta-feira, agosto 23, 2007

PIIII!!!!


Operadora- Atendimento ao Cliente Optimus, boa tarde. Com quem tenho o prazer de estar a falar?
Mulher- Boa tarde. È o seguinte... eu queria mudar de numero e queria saber se há algum custo associado.
O.- Com certeza, podia-me só dizer o seu...
M.- ... è que desde que estou na Optimus que nunca mudei de número e... pronto, não sei.
O.- Com certeza, podia-me dizer só o seu número, por favor?
M.- Err, sim... Pois, eu não o sei de cór, tenho que ir aqui à... Vou só aqui à lista ver o número, está bem?
O.- Esteja à vontade que eu aguardo.
M. -Ok, deixe-me só... Isto está uma confusão, não sei onde ponho nada! A minha secretária é um escândalo..
O.- Eheh, devia ver a minha. Zona de caos...
M.- É como eu. È como ter letra de médico sem ser médico, tá a ver?
O.- Sim, entendo perfeitamente. Não me chegou a dizer o seu nome...
M.- Ah, sim, fala ... espere, deixe-me procurar aqui atrás deste pisa-papéis, ou escultura como o chamam, whatever... Cá está a lista! Ora...
O.- ....
M.- ...Ora o número é o 937304459.
O.- Muito bem, deixe-me só confirmar...
M.- Sim...
O.- Vejo aqui que não é a primeira vez que muda o seu número, tenho registo de outra mudança, confirma?
M.- Outra?... Ah, sim, peço desculpa! Sim, já mudei uma vez, estas coisas às vezes passam-me. Sabe como é, isto às vezes só mudando de número porque há pessoas que não desgrudam e sabe como é, é melhor cortar logo...
O.- Como se trata de uma segunda mudança, o custo associado a obter um novo número é de 10 euros, a serem descontados no seu saldo. Deseja continuar?
M.- 10?! Hum, estranho, fartei-me de mudar de número enquanto tive na Vodafone e nunca foi preciso pagar nada, era só telefonar e, pronto.
O.- Pois, a política da Optimus é diferente, como deve compreender a mudança de número requer muitos movimentos e algum cuidado...
M- Pois...
O.- ...não vá um cliente nosso ucraniano começar a receber chamadas para sí às 5 da manha!
M.- Eheh, nem faria grande mossa porque quem me telefona às 5 da manhã costuma estar tão cheio de bebidas russas que a conversa até seria interessante.
O.- Eheheh, é possivel, é possivel. Estou aqui a ver os seus registos... Hum... O seu número antigo era o 967803947?
M.- Oh minha querida, não faço a minima ideia, fosse eu a decorar os números todos que já tive... Mas pronto, eu não sei se quero mudar desta vez, já que tenho de pagar... Eu vou ver e depois volto a ligar, acho eu.
O.- ...
M.- Mas queria falar consigo, não queria ter que explicar tudo outra vez a um colega seu borbulhento e... gostei da sua voz. Quando telefonar vou pedir para falar consigo, está bem? Diz-me o seu nome?
O. -...
M.- Estou?
O.- Concerteza Rita, daqui fala a Joana. E a Optimus sugere que sempre que estiver interessada em mudar de número ou de pessoas, que tenha o discernimento de deixar a porra da chave e não lhes levar lembrançazinhas de casa, nomeadamente o meu Discman e a escultura do Cubo de Mármore, que diga-se de passagem deve ser a coisinha mais arrumada que deves ter na merda dessa casa!
M- ...
O.- Visto não ter mais nenhuma questão Optimus, dou por encerrada este ligação!

PIIII!!!
O. - Atendimento ao Cliente Optimus, boa tarde. Com quem tenho o prazer de estar a falar?
Homem- Olhe, muito boa tarde, eu, err, eu perdi o meu cartão!...





Hey, gente! Sei que tenho andado bastante ausente e tal, mas tenho andado... a trabalhar. Sim, eu produzo!!! Tou na optimus a atender burgessos, das 5 às 11 da noite, lá pros campos grandes. è terrivel, mas ao menos trabalho num cubículo. Apesar de ser fã do Dilbert, a verdade é que sempre gostei da ideia de cubículo, tipo o teu próprio espaço dentro de um não-lugar...
Seja como for, é deprimente mas tou quase a receber. Digam-me coisas, já não me posso dar ao luxo de deprimir!!
E agora tenho de ir correr pra casa, acabei de me aperceber que deixei os óculos em casa. Cya!!

sexta-feira, agosto 03, 2007

Pequenos prazeres ocultos aqueles que estão internados num hospital.

Vocês não sabem, mas eu digo-vos: estive quatro dias internada no hospital de Faro e três dias no Santa Maria. Como tal, tive bastante tempo para observar a flora, fauna e pequenos costumes desses seres que habitam o temeroso mundo dos hospitais portugueses.

Se pensam que vão para o hospital para descansar, estão muito enganados. Vão para ouvir gritos de noite, doentes deambulantes que não sabem muito bem para onde vão e tentam convencer a enfermeira que têm o tio Eufrâmio à espera lá em baixo, que é uma emergência e precisam mesmo de sair. Há também aqueles que fazem questão de vomitar no quarto, apesar de se poderem mexer e de a casa de banho ser a menos de cinco metros, obrigando as restantes pessoas a controlar a náusea a noite toda. E depois há aqueles que fazem questão de gritar noite e dia, esperando que por entre os "uis" e "ai Jesus/ meu Deus" a enfermeira se compadeça e lhes dispense uma dose extra de comprimidos para dormir, aliviando doentes e pessoal.

Num hospital não existe dinheiro. A economia baseia-se na troca directa, no contrabando de suminhos, bolachas, chocolates e, quiçá com alguma sorte, uma refeição com sal.
Partilham-se histórias e vivências, confessam-se mágoas e crimes, fazem-se promessas de contacto futuro. E tudo isto porque não há mais nada para fazer.

Num hospital há poucos prazeres. Estar o dia inteiro numa cama a olhar estupidamente para uma televisão não é especialmente interessante. Vai daí que decidi fazer uma lista dos pequenos prazeres a que não damos muito valor no dia a dia, mas que nos parecem pérolas assim que temos alta.

Aqui vai ela:

- coçar o nariz com as duas mãos.
- tapar sozinho a narina para inalar o medicamento da asma.
- cortar o bife.
- subir e descer da cama
- coçar o rabo, dar peidinhos e arrotar.
- ir a casa de banho sem se preocupar com o barulho ou com as possíveis infecções/vírus que podemos apanhar se nos sentarmos na sanita.
- dormir de noite.
- dormir de dia.
- lençóis sem cheiro a éter.
- comer comida com sabor.
- bater palmas.
- tomar banho com as duas mãos.
- despir e vestir a roupa sem ter que passar o boião do soro, do paracetamol e do antibiótico pelas mangas.
- deixar cair coisas ao chão e apanhá-las, sem esforço absolutamente nenhum.
- estar sozinho.
- não ter horários para estar com os amigos.
- silêncio.
- dobrar o cotovelo ou a mão sem dores.
- lavar a cabeça com as duas mãos, sem nos preocuparmos em molhar o braço ou ter dores.
- lavar os pés antes de ir para a cama.
- tirar macacos do nariz.
- dizer asneiras, praguejar ou dizer mal de alguém.
- ver alguma coisa na televisão que não seja telenovelas ou programas da manhã/tarde.
- dormir em qualquer posição, sem lençóis por cima, sem nos preocuparmos se temos as cuecas ou o soutien à mostra.
- dormir sem ter que pensar em todos os malucos que estão internados no nosso quarto e no quarto ao lado e no que lhes irá pela cabeça.
- não cheirar os peidos da velhota do lado.
- roer as unhas.
- falar alto.
- cantar.
- dar gargalhadas sem nos sentirmos culpados pelo mau estar das pessoas do lado.
- dizer piadas maliciosas, com a certeza de não ofender ninguém.
- não cheirar chichi todo o dia.
- fazer a depilação.
- sexo.
- sentir-se bonita, ou pelo menos apresentável.
- ter conversas privadas.
- não se sentir obrigada a estar com as pessoas.


Há muitas mais coisas que se poderiam inserir nesta lista, mas a minha avó chegou, estou cheia de fome e quero ir gozar a minha liberdade recentemente adquirida.

Um grande bem haja para todos!

quarta-feira, junho 27, 2007

O nosso amor é verde!

O nosso amor é verde e tudo o mais que nos rodeia, mas não digam a ninguém.


http://www.youtube.com/watch?v=nKYLU5D9niE

Garanto que não se vão arrepender! A melhor assombração da vossa vida ou morte!

sexta-feira, junho 22, 2007

Power Pimba for life!

"Tu és emigrante/Vem ser emigrante/Se tu não emigrares/Não vais saber o que é/Ser emigrante...(ad infinitum)" - Canção do Emigrante


A primeira coisa que me passa pela cabeça quando oiço composições sublimes como "Afinal Plutão era só um calhau" ou a "Canção do Emigrante";ternurentas odes ao amor como "A Natasha não limpa nada" ou " A vaca que ri"; ou verdadeiras musicas de intervenção que tocam na ferida como "Nunca provei caviar"- é que este gajo tem demasiado tempo livre.
Bem, ao menos o homem oferece exactamente o que promete: Por isso toca a escolher o par mais bonito do baile e rockar com brio, que as bifanas não vão a lado nenhum!!

www.myspace.com/emanuelcasimiro

segunda-feira, junho 18, 2007

Sim...

E sim, novo layout. Como é óbvio, preciso de sugestões. Mas atenção que todos temos aquela dificuldadezinha em aceitar o novo, por isso este layout não será mudado até pelo menos à proxima semana, para nos habituarmos. Depois sim, que começe o deitar abaixo e o mal-dizer.
Mas até agora, tá simples o suficiente, não tá? A ver vamos, digam coisas.

Ps. Acabei de ter uma frequencia em que já sabia as perguntas E as respostas. E mesmo assim só dormi 2 horas. Sou O falhanço.

Depois explico #43


Não perguntem, não torçam o nariz, não vomitem:

Quero histórias de casa de banho, as vossas histórias de casa de banho. Não têm de ser histórias, dêem-me momentos, gente famosa que lá encontraram, pequenos detalhes que vos irritam nas casas de banho publicas. E em casa, lêem os rótulos do shampoo se for preciso ou conseguem estar sentados no trono a olhar para o ar? Já tomaram decisões na casa de banho? È a casa de banho a divisão mais intima da casa, ou é o quarto?

Falem-me, digam-me coisas, digam-me o que vai na vossa cabeça e na vossa bílis...


ps. humor de casa de banho aceite.

ps. Sim, Duke, podes delirar.

segunda-feira, maio 28, 2007

Fritei.

Chu va

Chu va

Chu va


Pim pim pim pim.

segunda-feira, maio 21, 2007

Então e a Anita?

Epa tava aki a ver, já com tantos posts e tendo o nosso blog o honorífico título de "Anita vai ao mel e outras cenas..." porque é que ninguém fala da dita cuja supracitada ANITA? Só se fala de "e outras cenas" que é o título minor. Ninguém quer fazer isso???

sexta-feira, maio 11, 2007

Oh joy!



São normalmente injustiçados, os rapazes. Vemo-los na rua e nos telejornais, de braços cruzados e ar de quem leu o ultimo Paulo Coelho e não está nada satisfeito, unhas dos pés pintadas com as três cores celestiais (isto nas mulheres, que os homens portugueses são muito machos) e erguemos logo as cabecinhas dizendo que eles são mal-dispostos e, como tal, coizinhas ruins.
Pois tenham lá calma, seus comunas: o grupo Juventude Nacionalista está cá para agitar consciências e ressuscitar a alegria do Hino: o seu site criou uma secção de humor.
E que bem humorados são os rapazes! Eu ainda me estou a rir...

terça-feira, maio 08, 2007

É simples.

A simplicidade fascina-me.

Sou desprovida da capacidade de ser simples e por isso sou infeliz. Penso demais nas coisas.

Porque todo aquele que pensa, examina. Todo aquele que examina disseca os mistérios da vida roubando-lhe lentamente a magia e a vontade de existir. É esta, em suma, a causa da depressão. O conhecimento da triste realidade. O reconhecimento de que não há mesmo mais nada, que o que se vê é aquilo que temos. E isso é insuportável. Tão insuportavel que procuramos refúgio nas coisas mais absurdas, nas rotinas mais castradoras, nos vícios mais destutivos. Afogamos as mágoas em visitas ao supermercado e baldes de gelado de litro e meio, enquanto nos viramos para o ecrã e lhe imploramos que nos entretenha. Lemos a Maria, a TV Guia, a Mariana e a Caras para nos lembrarmos que não é por sermos bonitos e famosos que temos menos problemas. Rimo-nos da desgraça alheia com desdém e escondemos as vergonhas próprias junto ao pó da casa, por baixo do tapete de arraiolos da gigantesca sala de estar. Falamos do amigo da tia da filha da vizinha que diz que fez não sei o quê á sobrinha do marido da Maria Amália e que ela agora está muito mal, coitadinha.

É esta vergonhosa a essência do ser humano: renegamos a tão invejada inteligência sem nos apercebermos disso. Apagamos a consciencia com entretenimento barato, musicas descartáveis e relações amorosas superficiais, enquanto nos obrigamos a acreditar piamente que temos uma missão no mundo, que somos imprescindíveis à humanidade. E isso faz-nos humanos burros.

Burros, mas felizes.

sábado, abril 28, 2007

Cá estamos.

Hoje vou falar-vos sobre os problemas do meu teclado. É um tema como outro qualquer e faz algum tempo desde a última vez que este blog teve o prazer de ler algo escrito pelas verdes folhas deste verde agriao, por isso os queixumes terão que ficar de lado. (mais tarde perceberão a dificuldade em escrever miNhas, Não, teNho ou qualquer outra palavra de que N faça parte.)

Esta situação já se arrasta há varios meses. Tudo começou com um simples piscar de luzes, uma ligeira ameaça de má ligação do teclado com o computador. Essa má ligação cada vez ficou pior, até que chegámos ao dia em que o teclado só trabalha em certa posição e, se sair dela, temos a promessa de meia hora a ajeitar o pobre fio, o que se revelou exímio para aqueles com quem falo pelo computador (todos adoramos esperar meia hora por uma resposta, sem saber se a pessoa com quem estamos a falar está). Caia eu em erro e pouse algum livro em cima do fio e PUFF já está: meia hora. Ou quiçá um cd, um copo, ou até mesmo uma folha de papel... PUFF: meia hora.
Qualquer dia vou cobrar ao meu irmão todas as meias horas de vida que já perdi a ajeitar esta @£@! de teclado e ele vai chorar.

Mas, caros amigos... Fossem estas todas as maleitas deste mágico acessório e eu seria uma mulher feliz... Jamais! Há uma maleita, a mãe de todas as maleitas, aquela que faz com que o meu cérebro mirre a olhos vistos! É que para escrever N sou obrigada a procurar um martelo e aplicar toda a força dos meus braços sobre a tecla (o que demora algum tempo e é um bocado chato). Ora isto obriga-me a esmifrar a cabeça em busca de palavras sem a letra N para me exprimir (reparem que N só foi utlilizado como N, salvo em miNhas, Não e teNho).

E é assim a vida de quem tem irmãos que vieram depois ( e que são bestas).

È triste, mas é assim.

(optei por ocultar o facto de cairem coisas esquisitas ao virar o teclado... é demasiado humilha... co... merda e um adjectivo destes sem N?)


PS : http://www.youtube.com/watch?v=_ojSMLLjsCg --» já foi mais difícil ficar assim...

quinta-feira, abril 26, 2007

Meat


Um hambúrguer por mês.
Não, uma visita ao MacDonalds por mês...
Sim, uma visita ao MacDonalds por mês, independentemente do que lá coma. Isso inclui os MacFlurry’s, os MacSundays, as tartes de maçã, os Mcnuggets e todos os outros filhos de Lucifer, o filho da Manhã.
Não tem de ser complicado, em termos racionais até é o mais plausível, vamos ver se resulta.
Objectivo final: banir a fast food da minha alimentação regular num período de 3 anos, tornando-a numa refeição rara.

Razões para o fazer? Difícil é encontrar razões para não o fazer.

Se valorizamos realmente o lado racional do bicho homem, o mesmo que andava a fazer tags nas cavernas do Alqueva e que agora as faz por detrás da sede da TMN, então por esta altura já seríamos todos vegans, ninguém usaria cabedal excepto os Fonzie impersonaters e ninguém, (repito), ninguém aumentaria o buraco do ozono só para ter o cabelo como a Farrah Fawcett.
Nenhuma destas coisas aconteceu - pelo menos a nível generalizado - por isso a solução para o problema reside infelizmente nas acções pessoais e, mais infelizmente ainda, na consciência humana. Já referi a Moda? Não? Então na Moda, também.

Bem, não me quero atrever muito nesse assunto, mas eu não me lembro nunca de ter ouvido falar de terroristas com problemas de consciência: se não virmos as nossas acções como más, ou como prejudiciais para o Mundo em geral, então dificilmente a nossa consciência irá dar alerta algum! Por isso, sempre que entrar num MacDonalds, terei de me interiorizar de factos e só eles se poderão pôr entre mim e o cheeseburguer a 1 euro.

Nutrição
- O ser humano é omnívoro, o que não significa que a sua dieta terá obrigatoriamente de conter carne e vegetais, significa sim que ele pode consumir ambos.
- A nível nutritivo, a carne está cheia de coisinhas boas, mas todas elas podem ser encontradas noutro tipo de alimentos.
- A carne está cheia de coisinhas más, para além da gordura.
- Podemos sobreviver somente do consumo de vegetais e outros que tais, mas o sonho de uma dieta à base de picanha não passa disso mesmo. (chuif)
- Mummy says it all the time- "Eat your veggies!!"

Valores
- Nunca se consumiu carne como agora. Todos os dias, milhares de seres vivos conscientes são transformados em toneladas de carne que excedem em muito a procura do mercado, grande parte dela acabando por apodrecer antes de chegar a algum lado.
- As condições de abate são as conhecidas. A criação de animais mutantes para satisfazer determinada necessidade de determinada companhia é simplesmente atroz.
- Qualquer animal carnívoro mata para sobreviver. Nós não só não entramos nessa categoria, como desenvolvemos toda uma indústria á volta dessa matança. Os meus valores pessoais consideram o Ser Humano mais um animal entre outros, diferente apenas por ter compensado a sua fraca adequação ao meio pelo desenvolvimento das suas faculdades mentais. O cliché assegura-se: "Com que direito então...?"
- Maybe Meat is Not Murder, but too much meat is definitly controlled genocide.

Política
- Ao consumirmos um hamburguer na Tasca do Ronald estamos a contribuir, directa ou indirectamente, para o excesso de consumo de carne no mundo ocidental; para a continuidade dos maus hábitos alimentares; para assegurarmos a obesidade como a segunda causa de morte evitável no mundo ocidental, depois do tabaco; para a exploração de milhares de empregados em todo o mundo e para o aprofundamento do fosso entre ricos e pobres; para o alastramento ao resto do mundo de um domínio sem rival da face mais negra do capitalismo; para a desflorestação do globo e, portanto, para o aquecimento global; para o desaparecimento dos pequenos restaurantes locais; para a exoticação da alimentação saudável, como coisa para um dia especial, pois nós os pobres não podemos comer bem todos os dias...
- Se me convencerem que o Director Geral da MacDonalds Inc. se alimenta com os seus produtos, então nesse dia provo o Mc.Bacon, esse clássico que me tem escapado estes anos todos.

Apesar de ter sido gritado em todo o lado e até à exaustão, cada vez levo mais a sério aqueles versos do Billy Corgan :"Despite all my rage, I'm still just a rat in a cage". Quase nenhum dos detergentes que uso em casa são bio degradáveis, continuo a fazer imenso lixo, recuso-me a ir prás ruas lutar contra seja o que for, não gasto dinheiro para me manter informado, fecho os olhos à Somália e ao Iraque.
Afinal, se eu digo estas coisas todas, de que estou eu à espera para me tornar vegetariano (ou mesmo vegan)? Se é pra fazer as coisas, porque não fazê-las bem feitas? E mesmo que me tornasse vegetariano nos próximos 5-10 anos, não estaria a remar corajosamente contra a maré! - O vegetarianismo e seus derivados estão na moda, a indústria macrobiótica está a explodir, a consciência ecológica está como nunca esteve! NÃO ESTARIA A FAZER NADA DE ESPECIAL!
Mas então porquê tanta reserva?

A razão é simples: Picanha.

sexta-feira, abril 20, 2007

Post sobre posts

Visto que agora está na moda escrever posts sobre tudo porque não escrever posts sobre posts?

Ora este pretende ser um post meramente desprovido de sentido, tal como todos os outros que eu faço, contudo, este leva a inutilidade da existência postiana a um esplendor máximo, a uma altura nunca jamais atingida por nenhum outro, nem sequer inigualável por nenhum outro comum mortal post e desafio desde já a que encontrem um post tão inútil quanto este. Claro que a resposta ao desafio terá de ser enviada para o apartado 502, Falagueira sul, com um aviso de recepção, numa carta registada, num envelope de 21 gramas, numa folha A4, com o vosso carimbo branco pessoal, devidamente datada e com os vossos dados pessoais mínimos, tais como nome completo, nome dos pais de casados e solteiros, morada, n.º da segurança social, do SNS ou ADSE (as pessoas que possuam outros regimes terão de preencher o formulário 51/82 da portaria de 15 de Maio de 1987), NIB, n.º do BI ou de carta de condução, eventualmente passaporte (reparem como não deixámos os emigrantes de fora, apesar deles após alguns dias de permanência só desejarem nunca ter estado dentro), nome dos vossos animais de estimação com os seus devidos grupos sanguíneos e é claro, last but not the least, o vosso boletim de vacinas devidamente actualizados.

A inutilidade será imensurável, observem como eu já escrevi, e passo a contar, 239 palavras. Espero que esteja bem contado porque não me apetece contar palavras o que é extremamente atrofiante para o meu cérebro que começa a achar estranho contar palavras e ler números quando deveria ser o inverso. Se duvidem, experimentem, contem as palavras até ao 239 e tentem ler este número 1000100010.

Como não poderia deixar de ser terei de fazer uma breve introdução ao post. E é claro terei de ir à etiologia da palavra. Ora muito bem, post do inglês, cuja brilhante tradução para português é POST. (Gostaram??? Foi muito profundo! Como devem imaginar horas e horas de pesquisa googleianas ter-me-iam dado uma explicação bem culta e intrincada mas eu preferi, por algum motivo alheio ao meu pensamento racional, escrever esta trampa de significado).
Claro que se tentarmos arranjar um equivalente em português o resultado seria desastroso, eu própria tive a pensar no assunto 5 segundos e meio e não consegui encontrá-lo. Pensei em nota, mas depois lembrei-me dos post its e fica um bocado estranho. Pensei também em afixar, cujo substantivo correspondente seria afixo, o que parece ainda mais estranho… ah e tal vou fazer um afixo. Fiquemo-nos pela versão original.

É claro, que como boas pessoas que somos, teremos imediatamente de usar este estrangeirismo tanto quanto possível na nossa língua, se possível estragar-lhe todo o significado original, dizê-lo de várias e estranhas maneiras diferentes e inventar verbos, adjectivos, interjeições, etc alusivos a este. Assim, quando nós fazemos um post estamos a POSTAR. O melhor exemplo que me lembro que tão bem representa a nossa capacidade de destruir palavras é talvez o scan. Fazer um scan em português já foi chamado de scanar, escanar, scanear ou escanear, mas nunca de digitalizar. Tal como imprimir – printar ou o GAP aniónico – buraco aniónico.

Adoramos postar, falar de tudo o que nos vem à mente, escrever sobre nós, os outros, a vida, a morte, o amor, coisas completamente irrelevantes quando comparadas com este supremo post (reparem novamente que não somente ainda não disse nada de jeito, como ainda não falei sobre posts).

Vamos então lá falar de posts! A verdade é que não há nada para falar de posts, como eu aliás já tinha pensado quando comecei a escrever este post e como tal o meu post acaba por aqui.

Espero que tenham amado tanto quanto eu este post sobre posts em que na frase anterior falei brilhantemente do contributo do post para a formação da nossa identidade socio-cultural e todas as suas ideossincrasias subjacentes, ténues mas patentes e fundamentais para justificar a existência do ser. Despeço-me com a não menos brilhante frase, que eu insistirei que não caia na memória colectiva do esquecimento: beijinhos, abraços e muitos palhaços!!!

Actores!!!


Meus, sabem aqueles vossos amigos que já entraram numa ou outra peça e que não se chamam actores mas sim artistes? Sim, esses dos óculos de massa e/ou da saia gigante colorida, do tabaco de enrolar de marcas obscuras, das conversas sobre Comércio Justo entre bafos de axe...
És um deles?
Pois WE NEED YOU!!

A nossa Atopos está à procura de 6 mancebos e mancebas para uma curta metragem, a ser rodada de 1 a 7 de Maio na Covilhã. Viagem, alojamento, charros e roupa interior lavada estão assegurados, mas é favor contactar-me o mais depressa possivel- SIM, o tempo urge!

De notar que se trata de um filme de faculdade, pelo que não esperem pagamento, mas esperem muita experiência e mais um sorriso no Curriculum.

Se ainda não tiveram coragem de falar com aquele vosso amigo, porque se esqueceram de ir à estreia daquela peça manhosa naquele teatro obscuro, é chegada a hora de reatar! AnitaVaiAoMel promove a amizade.

quarta-feira, abril 18, 2007

O sonho de um Pirilampo Mágico





Eu sou um Pirilampo Magico. Que voo até ao principio da lua e me perco no seu fim. Que mergulho no fundo do mar mas não me afogo, porque sou mágico, e porque resisto à inexistencia de ar na lua. A minha missão é iluminar o caminho dos mongolóides. Peço perdão por tal comentário prejurativo, mongos não, pessoas que sofrem da síndrome de Down, Trissomia 21. Pois essa palavra pode ofender indivíduos lá do pais da Mongólia. E o que nós, os pirilampos mágicos, não queremos é conflitos. Eu sou comprado por pessoas que gostam de ajudar os trissémicos vinte e uns (mongos, mas não da Mongólia). Somos uma companhia para elas, nos carros, casas, em todos os lados estamos pendurados a mostrar aos outros que essas pessoas gostam dos mongos. Além disso brilhamos quando as luzes se apagam. Todos os anos reunimos celebridades que cantam connosco e apelam à nossa compra. Porque um sorriso dum mongo (T21) vale todos os cêntimos gastos.

Eu tenho um sonho, o de acabar com todos os mongos do planeta! Tal como Hilter sonhou em aperfeiçoar o Ser humano... Desculpem, não estou a dizer para exterminar todos os mongos, estou a dizer para todos vós comprarem cada vez mais Pirilampos Mágicos, para que o dinheiro ajude a que seja descoberta a cura deste síndrome e que já não nasçam mais mongos, e então deixem de existir mongos neste nosso planeta...

Todos juntos: OÁSIS!


O calor voltou. As roupas diminuíram, os egos emanciparam-se da razão e os escassos espaços verdes da cidade enchem-se para o provar. O jardim da Gulbenkian ( todos juntos: OÁSIS!!) está salpicado de tops e maus calções, de putos para quem ninguém tem paciência quando o sol está bom. O verão na cidade é cansativo... e eu adoro.


É por isso que estar a escrever este post numa sala de computadores da faculdade é mais trágico. Vocês, a quem a vida sorriu e que têm net em casa, provavelmente desconhecem este tipo de lugares - talvez tenham passado muito ao de leve pelo lugar para ir reservar uma sala de grupo - mas nunca pararam para veslumbrar o nicho pois nada vos diz, embora uma luzinha no vosso interior se sinta segura ao saber que, caso haja necessidade, eles cá está, e não parece assim tão mau...
Desenganem-se meus lindos, há uma razão pela qual os acessos a essas salas são sempre tão manhosos: como um labirinto gregono meio da cidade que esconde um terrível monstro que envergonha a população - ou talvez alguém adepto de meias brancas - as salas de computadores escondem-se por detrás do edifício principal, por detrás de um longo corredor, por detrás das casas de banho, por detrás de um funcionário com uma t-shirt do Hard Rock Café gasta e como bastante relevo na zona do umbigo... No meio do grotesco labirinto, uma sala feia. E quando digo feia digo Ferreira Leite feia, digo verruga no sobrolho, digo Cavaco com o fato de banho do Borat. A sério, entrar na sala sem cuspir é um teste de carácter e, a avaliar pela quantidade de gosmas no balde à entrada, não deve esperar muito de quem estuda ciências sociais e comunicação (mas não é preciso um balde cheio de nhanha pra vos dizer isso, right?

A primeira coisa que se aprende quando se é obrigado a frequentar estas espeluncas é que nunca há computadores suficientes. Aliás, até pode haver, mas das duas uma: ou não têm monitor, ou não têm rato. Por vezes até falta o teclado mas é mais raro, pois é mais difícil de roubar - não perguntem acerca dos monitores, vocês não querem saber e eu também não.
Enquanto esperamos pela nossa vez de utilizar as poucas máquinas funcionais, há tempo (muito) para olhar o espaço com mais atenção: Os nossos olhos são indefesos perante as cores berrantes dos cartazes afixados em absolutamente todos os cantos limpos da sala, que falam inanidades utópicas sobre a proibição de comer ou beber, falar ao telemóvel, falar alto e usar "programas de chat". Quando alguém se levanta da cadeira o nosso coração bate mais depressa, mas enquanto observamos a pessoa a abandonar o Messenger para gritar para o seu telemóvel que a sandes que está a comer já é de ontem, perdemos a esperança.

A perseverança é a característica chave dos nativos: o importante é não abandonar a fila de espera, pois é certo que esse será o momento em que aquela gaja chata da turma de Sociologia se vai embora, deixando o lugar livre. Aquele cu gigante está sentado em ouro puro!

Estamos finalmente sentados e contemos brados de júbilo, mas o humor muda quando olhamos para o teclado: a barra de espaços parece gritar a cada batida, o delete não está onde devia estar e, com alguma atenção, podemos notar uma pequena cultura de cogumelos a crescer saudável entre o S e o F.
Tudo bem, é melhor que não ter.
Clicamos no IE do desktop (inundado de ficheiros com nomes como "Situando a Sociologia -Politica" e "Fotografias de Mulheres Africanas") e somos automaticamente direccionados para o blogue da última pessoa que cá esteve, que nos fez o favor de meter as suas escrituras tão essenciais como home do browser.
Sairíamos rapidamente para as páginas que nos interessam, mas a velocidade é tão má que temos tempo para ler todo o blogue enquanto o site carrega.
Ler faz bem.

Nestes tempos de loading, cedemos sempre à tentação de olhar à volta - temos mesmo que saber, não é?
Nunca aprendemos: a comunidade cabo-verdiana, sempre em grande nesta sala, troca pareceres em crioulo, assumindo provavelmente que toda a gente é ou devia ser falante; ao meu lado o Carlos, de quem se diz que nasceu aqui, vê pornografia barata num monitor cor-de-rosa; os italianos vão escrevendo o máximo de mails possíveis numa hora, tirando a intervalos médios de 5 minutos mais uma peça de roupa... e mais uma, ... e mais uma, ... e WOW! Volta-se ao nosso mundo e o site está longe de ter carregado. Tudo bem, a derrota faz parte da vida, o que importa é competir, pelo que abandonamos a sala não sem algum arrependimento, mas para gáudio do infeliz que tanto esperou pelo nosso lugar.

Lá fora o Sol atordoa e ouvimos os passaros cantar pela primeira vez em semanas. Os prédios irradiam luz e cor, os automóveis não são assim tão barulhentos e o cheiro da gasolina até desperta. Uma ida à Gulbenkian (todos comigo: OÁSIS!) é material de sonhos e descobrimos que, afinal, somos bem felizes como citadinos.
Como o menino que, quando liberto da arca frigorífica avariada em que se tinha trancado a jogar às escondidas, olhou a lixeira e achou-a colorida...

quinta-feira, abril 12, 2007

SPAM on da go!!!



Gente, give it up. Criem uma conta no google, é só seguirem as instruções. Eu sei, eu sei, as corporações...

quarta-feira, abril 04, 2007

O amor nunca deve ser escondido!

Isto estava algures no meu carro. Era um bilhetinho (sim porque era mesmo mínimo, recortado à medida). Passo a transcrever:

“ Pa ñ te queixares que eu só te escrevo na net … eheh
Bjokas fofas :)
Fabíola

P.S. – CUIDADO C/O MI!!!Ele é MTO gay!”

Como isto não deve ser pra mim, presumo que seja uma mensagem de amor, denotando aqui já uma relação intensa e escaldante entre a Fabíola e o Kadgi. Dissequemos.

Observem o tom carinhoso inicial, “pa ñ te queixares que eu só te escrevo na net… eheh”. Daqui podemos ver que o kadgi passa a sua vida a se lamuriar qual apaixonado que mal consegue esperar que a sua amada lhe escreva. Os minutos passam como horas e os segundos como dias. Lá está ele à sua varanda com vista para... os prédios da frente a suspirar, com os seus 12 relógios de pulso a ver se por alguma descontinuidade espaço-tempo, a hora de reencontrar o seu docinho de coco chega mais cedo.

O eheh, mostra-nos alguma culpa da parte da Fabíola, por não poder dedicar mais tempo ao seu biscoitinho de mel. Porque não consegues estar com ele Fabíola? Será que é uma questão que fazes a ti mesma à meses, ecoando no silencio da escuridão, em todas as noites que passam afastados? Ou será que o estavas a evitar por algum motivo mais profundo, talvez algum segredo temível que não queiras revelar?

De qualquer modo, valeu a intenção e o arrependimento é claramente demonstrado por este, à primeira vista inocente e simples bilhete, que sob um olhar mais atento é na realidade uma inteira alegoria ao amor.

Observem a despedida romântica, doce e suave – “Bjokas fofas :)”.
Não apenas umas bjokas quaisquer, como se o seu pauzinho de canela (kadgi) fosse um qualquer. Não! Este pauzinho de canela não mexerá um café alheio, apenas o seu torrãozinho de café, que dá pelo nome de Fabíola.

O smiley :) remete-nos para toda a comoção, todos os profundos sentimentos à muito guardados e que não poderão permanecer mais um segundo sequer no desconhecimento, já não podem ser contidos, têm que ser tornados públicos, nem que seja por um aparente esquecimento de um qualquer bilhete num carro alheio. Meus amigos, não poderiam ter escolhido melhor pessoa que eu para interpretar os vossos verdadeiros sentimentos.

Quanto à última parte “CUIDADO C/O MI!!! Ele é MTO gay!”, confesso que me deu algumas dores de cabeça e ainda não decifrei completamente o código contudo, tenho algumas hipóteses bem válidas.

a) Meu Irmão. Talvez a Fabíola tenha um irmão terrível, com um historial de drogas, assaltos a bancos, homicídio e adquiriu na cadeia ou quem sabe cá fora, esses hábitos gays.

b) Misterioso Inimigo. Alguém que volta e meia confude o esquema a este casal de pombinhos, enviando bilhetes falsos, e até usando outras tácticas mais manhosas, sendo o responsável por este terrível afastamento do nosso parzinho amoroso.

c) MI poderá ser Michael Jackson (MI de MIchael). Ele é muito gay, pois já calculávamos que sim e temos de estar sempre atentos.

d) MI será o inverso de I’m. É a personalidade oculta da Fabíola que volta e meia aparece, é na realidade um gajo de 25 anos que como já sabemos é difícil de distinguir da verdadeira Fabíola, tendo o kadgi de ter muito cuidado. Como for, alguma destas hipóteses, ou quem sabe, um misto de várias terá de ser sem sombra de dúvidas a real.

Força apaixonados, o blog está com vocês!

quinta-feira, março 29, 2007

Voltei, voltei, ainda ontem estava...er...aqui... e agora já estou...er...cá?!?

Directamente das catacumbas lentilhianas onde fui aprisionada por longas e terríveis eras, entregue à minha própria sorte (que convenhamos não abunda, o que rima com bunda), despojada de toda e qualquer réstia de dignidade, agrilhoada e subjugada ao pensamento comum das massas, apenas mantendo a minha sanidade mental ao manter em foco a gloriosa liberdade e supremacia ervilhiana, que um dia quem sabe eu atingirei nos meus sonhos mais selvagens (brilhante tradução de wildest dreams, como já devem estar a ver) – cá estou eu!!! Txaraaaaammmmm!!!

Não chorem mais meus petizes, meus pequenos aprendizes, meus pequenos rebentos de soja, eu voltei!

Agrião não desesperes! Eu apenas fui raptada! Foi uma grande cabala (isto já está fora de moda mas temos de não deixar morrer os bons velhos hábitos) para a minha pessoa ser submersa num mar de inutilidade e existência simplória.

Quanto a ti kadgi, minha grande … como irei dizer… abécula, a zapp só faz é bem em te manter afastado de todos nós, eles é que a sabem toda, vai a ver e isto é mais uma cabala.

Quanto ao Hugo e a Mim bem se o blog dependesse de vocês não somente tinha ido de férias como se teria já reformado. Postem carago!!!

Lamento que o meu regresso não tenha sido mais espectacular, foi assim meio à pressão e por um grande acaso. Posts grandiosos serão feitos no futuro, prometo! Despeço-me com a minha frase favorita de despedida para deficientes mentais, oligofrénicos (quem não sabe vai ver ao dicionário, garanto que não é nada bom) e metade da população mundial em geral, então se for norte-americano será um delírio: Beijinhos, abraços e muitos palhaços!!!
Estas palavras não são obviamente para vocês, estou só a deixar a sugestão para usarem isto com alguém a ver se, não somente acham muito engraçado, como ainda vos sorriem e ainda dizem ah que querida(o)!

terça-feira, março 27, 2007

31!



Olá amiguinhos! O produto que vos venho vender hoje é o anitavaiaomel, o melhor blog do mercado. Estamos no post número 31 (com este) e já podemos tirar umas ou outra conclusão. E a principal é: A Zapp não trabalha em equipa.
Como não tenho vindo à net muito regularmente, pois a ideia de ter de digitar nestas teclas medonhas de computador de faculdade faz-me querer voltar ao útero, tenho acompanhado mais ou menos de longe as tropelias que por aqui tem havido, e... pronto, nós sabemos.
São algumas as boas ideias, raros os posts furiosos com seja o que for, inexistentes os posts corajosos. Isto acontece, creio eu, não por falta de capacidades mas porque, quer dizer, quantos posts em 3 meses??
A ideia original quando criamos esta sanzala era, pelo menos daqui do eu, de criar um espaço onde pudéssemos não escrever, não criar, mas VOMITAR o máximo de inanidades possíveis que nos passasse pela cabeça ou, como diriam os morangos sempre tão in, a carola. Uma espécie de diário da rebarbaria, um recipiente onde não só se depositavam coisas estranhas, como as mesmas eram passíveis de ser comentadas poucos minutos depois! Uma maravilha, o sonho de blog, um pequeno oásis tóxico no meio de um deserto de ideias relevantes.

Mas a verdade sobre nós é que somos todos tão bons quanto pensamos que somos, mas bem mais preguiçosos do que temíamos.
Lá fora, a Bela continua a não querer nada com o Mestre; o Tubarão esconde-se nas sombras; o Salazar é afinal um herói; os bares das praias são engolidos pelo malvado do mar que ninguém sabe de onde veio (fechem as fronteiras!!!); o Toy dá concertos a 5euros no Coliseu; a guerra dos anúncios de hipermercados ganha novo fôlego; a gala dos globos de ouro aproxima-se mais uma vez. E que fazemos nós com este manancial? Perdem-se entre imperiais e tremoços manhosos, algures entre o Bairro Alto e a Abrunheira.

Por isso, proponho um novo começo. (recomeço?) A comunidade continua toda aqui e com potencial para crescer, a sanidade mental continua escassa e as úlceras são sempre uma ameaça – ambiente ideal para fazer a nossa querida Anita regressar das férias no ALLgarve.
Meus queridos, eu voltei. Voltem também!


PS: Duke, procura POP LEVI! Destaque para "A Style Called Crying Chic" e "PickMeUpUppercut". Os T.Rex voltaram? O gajo vai estar em Lisboa no MusicBox no dia 31!

Bairro alto, à noite, com uma super bock de um litro e muita coisa a dizer



Experimentem discutir o país bêbados.

sexta-feira, março 23, 2007

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Expliquem-me porque é que abandonamos as coisas.

domingo, janeiro 28, 2007

sábado, janeiro 27, 2007

Quando coisas boas acontecem a pessoas más

"Ou coisas más a pessoas boas ou coisas boas a pessoas más

Há pessoas que por natureza são boas. São pessoas que dedicam a sua vida a causas, que agem a favor dos outros, que são altruístas, simpáticas, despretenciosas, isentas. São pessoas que acreditam no amor e na amizade, nas coisas boas da vida, que valorizam o nascer do sol, o canto dos pássaros pela manhã, o riso de uma criança, a beleza de uma flor.

Em suma, são aquelas pessoas que nos fazem vomitar todos os dias de manhã enquanto pensamos que se algum dia a bomba atómica fosse lançada em mais alguém, simplesmente teria de ser neste tipo de gente. Chateiam-nos o juízo com obras de caridade, insistindo que deveríamos tomar acção em algo deste género; vão para os supermercados fazer peditórios num domingo de manhã, quando o comum mortal está a dormir; na véspera de natal vão servir comida aos sem-abrigo numa esquina qualquer perto de si, de preferência entre os ratos e as ratazanas da zona; choram que nem umas desalmadas quando vêem filmes lamechas, espalhando por toda a gente que o Titanic é o melhor filme de sempre (coitadinho daquele pobre rapaz que morreu congelado mirradinho que nem uma ervilha descongelada, com a mão esticadinha para o alto qual estátua da liberdade para salvar aquela outra que no final, lança um colar caríssimo ao oceano) e que se ganhassem o Euro Milhões metade do dinheiro seria doado às criancinhas do Kambodja que sofrem de espondilite anquilosante.

Depois existem as pessoas más. Muito mais divertidas por natureza. Toda a gente sabe que, as pessoas boazinhas não se conseguem rir de piadas, pois estão em permanente estado de agonia por preocupação com as supra-citadas criancinhas e outras mais … a lista é infindável. De facto, por estarem tanto tempo em tormentos mentais até já nem conseguem gargalhar (dar uma gargalhada) por atrofia dos músculos faciais, mantendo contudo o grau de estiramento muscular básico para sorrir, visto precisarem de o fazer para os socialmente desfavorecidos que ficam muito mais reconfortados com um sorriso que com um pratinho de sopa. Aliás, só os maus conseguem alcançar o grau máximo de desenvolvimento muscular facial, denotado nas gargalhadas francas e abertas dos vilões que ecoam na nossa mente para sempre – o típico mwahahahahahahahaha.

As pessoas más não têm limites: podem caminhar pela floresta livre e despreocupadamente sem receios (o capuchinho vermelho não podia e vejam só o que lhe aconteceu), podem cozinhar os fedelhos que decidem comer a nossa casa de chocolate (Hansel e Gretel), podem arranjar milhões de piadas para gozar com aves desajeitadas e bastardas (como o patinho feio), podem-se picar onde quiserem sem ter de dormir durante 1000 anos à espera de um abusador que chegará num cavalo e apesar de não tratarmos da nossa higiene há centenas de anos, ainda nos beija e só pára por aí porque acordamos, podem expulsar do exército um soldado que perdeu a perna e só faz é atrapalhar os outros colegas que têm de carregar o mastronço que inda por cima é de chumbo (o soldadinho de chumbo) e podem mandar bugiar a pobre e mal agradecida, que não tem dinheiro para comprar um relógio, nem sequer a decência de perguntar que horas são e consegue-se atrasar e ainda perder um dos sapatos que lhe foram confiados, fazendo-se depois de difícil, “ah e tal não quero calçar o sapato”, e obrigando o pobre do príncipe a andar à procura dela por todo o reino (a gata borralheira). As pessoas más podem atormentar as crianças com filmes tão macabros quanto Alice no País das Maravilhas. Se alguém encontra alguma maravilha em se perder, encolher, ficar gigante, ir parar a um país onde a rainha de copas manda decapitar os seus súbditos que vivem num clima tão terrífico têm de se pintar de vermelho, onde existe um gato maluco que só mostra os dentes, um coelho alucinado que foge com a chave e está sempre atrasado, uma lagarta que fuma cigarros estranhíssimos em cima de cogumelos, um gajo que diz que é um ovo, vive numa casca e está sempre em cima de um muro, se, repito, alguém acha alguma maravilha nestes eventos, deverá se dirigir à Avenida do Brasil onde uma enorme equipa de pessoal especializado a aguarda, com um coletezinho todo catita, cuja única desvantagem é restringir um pouco o movimento corporal da cabeça para baixo, mas vejam a coisa pelo lado positivo podem-se movimentar em cima de cágados gigantes imaginários, ter conversas com as imensas vozes amigas, dedicar a vossa vida a reproduzir os feitos de Jack, o estripador e alegar inimputabilidade e contar ninhos de vacas – a constelação de Andrómeda é o limite da vossa imaginação, ou isso ou as paredes acolchoadas do vosso novo quarto.

Ora bem, isto tudo para dizer que, às vezes, acontecem coisas boas ou más a pessoas boas, às vezes, acontecem coisas más a pessoas más, é tudo lamentável e terrível, pois claro que sim. Giro, giro é quando acontecem coisas boas a pessoas más. Acontecerem coisas más a pessoas boas também tem a sua piada, contudo convenhamos, aquela pessoa irá se desculpar, dizendo que a culpa foi totalmente dela, que está a pagar pelos seus pecados, que não foi uma pessoa boa o suficiente e aquela tragédia toda que lhe poderá acontecer será submersa num misto de desculpas e mar de lágrimas e perderá todo o seu efeito trágico-cómico."


Isto é só um ensaio, gostaria que lessem e que me dessem ideias para continuar a escrever. A ideia base é esta, relatar quando acontecem coisas boas a pessoas más. Aquilo que me levanta problemas neste momento é saber se crio ou não personagens que se mantêm, se vou criando personagens para diferentes situações, se continuo em modo dissertação and so on... Desde já obrigada pela ajuda, coisinhas, coisinhas... internem o kadgi.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

NÃO ABORTEM! ABANDONEM...

(Cintia)

A sério, levantem o rabinho, vão votar...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

SIM, ou O Bolo de Banana

A aldeia estava em tumulto. Os foguetes estalam por todo o lado, os jovens sujam as ruas com fitas de papel e asneiras, a festa está a caminho do auge. A cozinha da Junta de Freguesia pululava: atarefadissimas, as mulheres bailam à cotovelada, com alguidares na mão, aventais à cintura e lenços de todas as cores na cabeça. D.Ana, acompanhada do seu séquito habitual de cozinheiras desejosas de aprender, ata o seu lenço azul bem firme, sobe para cima de uma cadeira pois nunca fora muito alta(genes, dizem) e manda toda a gente parar. E elas páram.
- Minhas queridas, só um minutinho... Os cachopos já andam doidos e o Sr.Presidente já mandou perguntar: O bolo tem que estar pronto até às 6, ou tá tudo estragado. Quem é que ficou de trazer as azeitonas?
- Ana, eu pensei numa coisa que se calhar... se calhar era bom.- As cabecinhas às cores voltam-se todas para D.Olivia, a melhor cozinheira da aldeia, aquela que cria as receitas e as ensina a quem queira aprender. Chega-se à frente e pôe-se ao lado da cadeira do poder. D.Ana olha para baixo, surpreendida até à nausea com a audácia ou talvez só com as vertigens.
- Meninas, pra este ano eu tive uma ideia diferente. – Lá fora rebenta um foguete bem alto e as senhoras dão pulinhos de susto; D.Ana luta para manter o equilíbrio. – Fui à cidade esta semana e aprendi um bolo que queria pôr na mesa grande, este ano.
- Na mesa grande?- alguém exclama, mais que pergunta.
- Sim, na mesa, com o Bolo de Azeitona. Assim em vez de um, temos dois, um de azeitona, outro de banana!– D.Olívia prossegue, sugerindo centros de mesa e um doce de uva maravilhoso que vai fazer os miúdos repetir cinco vezes... Enquanto fala não repara que a sala ainda está noutro filme.

***
- Bolo de Banana?? Mas a banana vem de onde?
- Não tou a ver qual é o mal da azeitona, carago!
- Ai o meu Hermínio já apanhou uma borratxeira de Licor de Banana que... olhe, eu nem quero falar disso!...
- Mas praqué que há de haver dois bolos, mas isto agora é tempo de fartura ou quê?
- Ela há quem não goste do Bolo de Azeitona, Palmira.- responde Olívia.- O meu neto não pode vê-lo nem pintado!
-Eu por acaso também não gosto muito...
- Cala-te lá, oh Zenaide!- Ana está furiosa e desce finalmente da cadeira. – Oh Olívia, mas o que é que te deu, mulher? Banana? Essa porcaria nem sequer é de cá! Se querem Bolos de Banana, que vão comprar lá fora! Aqui só se faz coisas daqui, já desde o Antigamente!...
- Mas a receita é minha, eu peguei na receita lá de fora e mudei aquilo, que como tava não era grande coisa... Quem comprar a de lá de fora o mais certo é comer bosta, que aquilo não é nada!
-Não comprassem!!- grita Ana prontamente e, diga-se, demasiado alto. O silêncio, conjugado com o barulho de lá de fora, é constrangedor. À janela surgem dois miúdos, que perguntam quando é que há bolo. A D.Amélia corre-os com uma vassoura enquanto Olívia prossegue.
- O outro ano sobrou bolo que ainda deu pra uma semana, o meu cão chegou a comer um bocado, também... Como a Palmira há muito boa gente aí que prefere antes comer o feno do burro que cagar mais daquilo!
A sala começa a ficar animada: umas riem do delírio, outras discutem entre si sobre o bolo sagrado, outras aproveitam para discutir sobre outros assuntos que tinham ficado pendentes, como a qualidade do porco que D.Célia ofereceu à Teresa do café, que deu as piores alheiras de que há memória. Olívia começa a ficar confiante com o caos.
- Fazemos um Bolo de Azeitona como é costume e um de banana pra variar, quem não gosta de um, come o outro! Como é que é?
È neste momento que Ana desce da cadeira. Olha para Olívia com má cara, vira-se para o grupinho que parece apoiar a novidade com cara ainda pior e sai da sala batendo a porta, não sem antes dizer, em tom dramático: «É tradição.»
E o ambiente gela.

***
-Eu não percebo porquê este sarilho todo, fazemos um bolo pra uns e outro pra outros, que é que dizem?- Fernanda, que sempre fora boa rapariga mas assim para o espigadota, decide intervir e as suas 3 amigas da mesma idade ficam orgulhosas. Olívia mete-lhe o braço por cima do ombro e diz: «Vamos lá então!» A resposta é ambígua e Claudia, a mais nova e amississima do padre, benze-se sem razão aparente.
- Pronto, já sei como se vai fazer!- diz Fernanda, confiante. As amigas estão ainda mais orgulhosas.- Vamos a votação! Vamos votar pra ver o que é e o que não é.
Olívia não está nada por aí, mas acaba por aceder. Afinal, a noite está a cair e aqueles pasteis de bacalhau não se fazem sozinhos. Então agora escolhe-se entre agradar a todos e agradar à maioria? Nem se gastava assim tanto a mais, ficáva quase à conta e toda a gente saia contente! Isto da Democracia tinha sido giro é quando se elegeu o Presidente da Junta... Enquanto a cozinheira divaga para si própria, as multidões começam a mobilizar-se: 9 pessoas inteiras preparadas para darem o seu contributo para aquela que será a festa do ano.
-Vamos lá, gente! Toca a calar que isto agora vai ser sério!- Fernanda está em chamas.
Lá fora, o ambiente acalmou, pois é chegada a hora da reunião dos jovens na casa do Severino e a festa tem um descanço enquanto se discute quem mais merece ser mergulhado em penas e banha este ano (as hipóteses do Claudio do Talho estavam muito pela rua da amargura, parece) . Esse silêncio fez o barulho dos passos no corredor ainda mais sentidos, pelo que já toda a gente estava a olhar para a porta quando D.Ana, o Presidente da Junta e mais cinco homens irrompem pela sala, como se fosse chegada a hora de o crime perecer!
-Ora o que é que se passa aqui??- proclama mais que exclama a voz de bagaço do Sr.Presidente.- Ouvi dizer que aqui já não se gosta de azeitona! Aqui os meus amigos da Associação dos Amigos da Azeitona não estão a perceber porque é que este é o ano de matar a tradição!
-Oh Sr.Presidente, não é nada disso!- defende-se Olívia, para ser rapidamente interrompida pelo discurso exaltado do grande homem da aldeia.
- Oh Olívia, não me vai agora interromper! A azeitona é a glória desta bela localidade, o azeite aqui não é gordura mas sim sumo! Já o meu pai e o pai do seu pai, (tudo grandes homens) viveram e morreram a dar a todos nós a luz nas candeias, o molho nas cebolas, os alívios nas portas velhas, o..... – enquanto o discurso continuava, algumas das senhoras abandonam a sala, porque estas questões são sempre chatas e não vá o diabo tecê-las... As primeiras a sair são as amigas da Fernanda que, apática, nem repara a ausência delas. As palavras inflamadas e pomposas fazem sono até a Ana, que só desperta quando ouve a palavra “Não”. D.Olívia, já sem muita paciência e muito pouco motivada, refere a hipótese de Fernanda e a coisa encaminha-se por aí, com toda a gente na sala a participar com gosto numa nova diversão, votaçõeszinhas a brincar entre a cozinha e o salão...

***
A noite foi fantástica, mais uma vez. D.Ana está muito entretida junto ao Presidente seu marido, que gaba a qualidade do seu vinho e a sua vontade de trabalhar a 5 jovens que fingem estar interessados; D.Olívia está só e ocupada na cozinha, pois o molho da carne queimou e alguém tem de fazer tudo outra vez; Fernanda partilha o celeiro com Artur, o que deu muito sarilho para os 9 meses que se seguiram. As mesas, recheadissimas com iguarias sedentas de sangue diabético, espalham-se pela sala num padrão banal. Em destaque, mesmo ao meio, reina sozinho o Bolo de Azeitona, iguaria esplêndida e, acima de tudo, local. Os largos espaços em branco deixados na mesa foram sabiamente preenchidos por rebuçados e gomas, para gáudio dos míudos que brincam aos berros pela salão apinhado.

sábado, janeiro 06, 2007

Vamos todos atentar no bedelho!

Sendo a nossa língua tão rica em ideologias, silogismos (não faço a mínima o que é isto mas pareceu que soava bem e dá-me um certo nível cultural que não tenho) e expressões coloquiais decidi atentar (mais uma palavra estúpida) numa expressão particularmente feliz, tão incompreendida mas tão usada.

Quem de nós não foi já bafejado por essa expressão tão tipicamente portuguesa "Não metas o bedelho onde não és chamado!"?! Ora eu até gostaria de deixar o meu bedelho de fora se eu soubesse o que é um bedelho.

Atentemos na expressão 'bedelho'. Segundo o dicionário KingHost:
BEDELHO - s.m. Tranqueta, ferrolho de porta. / Criança, fedelho. / Trunfo pequeno (no jogo). // Meter o bedelho, intrometer-se onde não foi chamado.
Ora vejamos o que podemos então depreender desta explicação:
(1) Não metas a tranqueta ou o ferrolho da porta onde não és chamado! Pois claro que não faz sentido, pois se eu pusesse a tranqueta onde não era chamada, não conseguiria lá chegar visto que a perderia e isso não me interessaria, visto que eu quero estar onde sou chamada (penso eu de que).

(2) Não metas a criança ou o fedelho onde não és chamado. Ora se eu própria não quero estar onde não sou chamada porque carga de água haveria de lá querer meter o fedelho??? Está certo que ele pode ser muito chato mas mesmo assim ninguém merece estar onde não é chamado, que me parece começar a ser um lugar muito mau visto que ninguém quer estar lá e até os fedelhos não merecem semelhante castigo.

(3) Não metas o trunfo pequeno (no jogo) onde não és chamado. Aqui reforça-se a ideia que 'onde não és chamado' deve ser mesmo algo a evitar a todo o custo. Um trunfo pequeno é assim uma espécie de ralé dos trunfos, um Sócrates dos portugueses, um Bush do mundo, um Baco dos deuses, uma lentilha das leguminosas, um intervalo de publicidade, publicidade na caixa do correio, a pastilha que se cola ao nosso sapato, bosta de cão que pisamos, a TVI na nossa grelha de programação enfim you get it ( a TVI estar ao pé da bosta não foi coincidência).

(4) Não te intrometas onde não foste chamado. Resta-nos é claro a opção mais óbvia, mais portuguesa. Agora sim conseguimos imaginar um nosso compatriota a mandar o outro bugiar (again o que será isto?), dar um giro, dar de frosques, ir cagar pra dar peidos (isto já conseguimos visualizar) ... em suma ir meter o bedelho nesse sítio tão mau que só pode ser enunciado como 'onde não és chamado'.

Resta a questão inicial de o que será o bedelho e porque é que eu o tenho de não o meter onde não é chamado. Sendo assim onde meterei eu o meu bedelho? A quem o confiarei? Quem zelará por ele? Será o bedelho uma parte corporal física ou puramente imaginária? Pois bem, novamente todas estas questões me inquietam, a mim e ao meu bedelho que eu insisto em meter onde não é chamado. E se eu o meto onde não é chamado, será que há pessoas que chamam pelo meu bedelho (os chamadores de bedelho, em englixo bedelho-callers)? Que curso é que estas pessoas tiram e onde? Será preciso um doutoramento? Se alguém souber por favor diga, desprezem o senso comum e por favor metam o bedelho!

Ai doutor, que me doi!

O natal foi um bocado chato porque apanhei um princípio de pneumonia. O ano novo foi uma merda porque ainda o estava a curar. E vocês pensam "aaai coitada..." e eu penso: "aaah e tal, isto não pode piorar muito...". Mas pode. E piora, acreditem. Se tiverem uma crise de falta de ar que vos obrigue a ir às urgências do Santa Maria no primeiro dia do ano e se ainda por cima tiverem que ir com o vosso pai que vos põe ainda mais nervosos... piora. Muito.


Mas passou-se. Umas recomendações para aqui, um "se calhar isso é asma" para ali, uma indicação para marcar consulta de alergologia, uma receita de um corticosteroide e umas largas horas mais tarde estava fora do Hospital.

Ora vai daí que, surpresa das surpresas, a falta de ar não passou. Sendo eu portuguesa (especialmente depois de ter tentado a via normal) obviamente que recorri à cunha. Mas, caros amigos, este país está tão mal que já nem com cunhas se anda pá frente. Combinei com um doutor amigo de uma doutora amiga da minha mãe (reparem a cadeia de conhecimentos tão característica dessa prática comum que é a cunha) Às 9 na entrada das urgências do Santa Maria, para ele me ver e dizer o que achava. Ás 8:30 estava lá. Memorizem este número, porque é bastante importante para o que se segue. Passam-se as 9, passam-se as 9:15, as 09:30... e lá para as 9:45 eu comecei a achar que o sotôr estava um bocado atrasado e que era um pouco estranho ninguém ter vindo falar comigo. Como me desenrasco razoavelmente bem em hospitais, demorei pouco para encontrar o paradeiro dele (cerca de uma hora e meia a andar de serviço em serviço). Vai daí que me dizem que o doutor está numa operação e que vai demorar um bocadinho, mas que se eu quiser posso esperar por ele, que ele me ia ver depois. E eu esperei... e esperei... e esperei. Duas horas da tarde e eu continuava à espera, em jejum porque podia ser preciso fazer exames ou analises ou qualquer coisa. Desisti, almocei e tomei os medicamentos. E continuei à espera, as senhoras sempre a dizerem que estava quase, e que quem já tinha esperado 5 horas também esperava mais duas e mais uma e mais duas... Chegamos Às 18:30 e a operação finalmente acaba. Obviamente que as secretárias me poderiam ter dito que o médico estava a fazer uma operação aos intestinos e tinha-me ido embora às 11 da manha, mas isso não lhes pareceu lógico, por alguma razão que o meu limitado intelecto desconhece.

Ponham-se no lugar do senhor, como eu fiz: depois de uma operação de 10 horas, sem comer ou descansar, apetecia-vos olhar pá cara de uma rapariga que tinha "falta de ar"? E ponham-se no meu lugar depois de saberem que eu me tinha posto no lugar dele: Tinham lata para o ir chatear e exigir que vos visse?
Pois. Eu também não tive. Então ele encaminhou-me para uma amiga nas urgências que me disse para ir tirar um raioX ao tórax que estava normal. Então fui encaminhada para uma colega da amiga do doutor que é amigo da doutora amiga da minha mãe que também é minha amiga. E foi aí que começou a melhor parte. Peço-vos que se ponham mais uma vez na minha posição: estou no Santa Maria há pelo menos 11 horas, estive 10 horas à espera sem necessidade nenhuma e não estava a ver o doutor que me tinha sido recomendado, estava a ver a colega da amiga do doutor que me tinha sido recomendado e tinha dores no peito e falta de ar em momentos estúpidos. Digamos que calma e tranquilidade eram difíceis de manter, mas eu até estava a conseguir. Ora a primeira coisa que ela me pergunta foi " è filha de medica, não é?". Diz que isso é pior que ser doente, ser filha de médica… Há Satã, Hitler, o Pinto da Costa e os filhos de médicos vêm logo a seguir na escala de pessoas odiáveis e a abater. Enfim... Eu tentei explicar-lhe que já não era exactamente filha de médica, porque a minha mãe tinha morrido há 4 anos (é sempre complicado, porque eu continuo a ser filha da minha mãe, mas a minha mãe já não é medica, ou pelo menos já não exerce. Mas será que por uma pessoa morrer deixa de ser aquilo que foi a maior parte da vida? Se um médico desempregado não deixa de ser médico, porque é que um medico morto há-de deixar de o ser? Até porque nos referimos a ele como “medico morto”, só este facto não poderá significar que um medico morto continua a ser um médico?). Depois de ler esta pequena reflexão sobre o assunto, compreendem que esta questão seja estranha e que por isso eu tenha dito “ugh… pois, sou, quer dizer, era, a minha mãe morreu há 4 anos”. E foi então que a doutora, com uma voz calma e com ar de quem percebe completamente o que se esta a passar simplesmente disse: "Compreendo". E pronto. Depois disto eu já sabia qual era o meu rumo... A pobre órfã abandonada no segundo ano da faculdade, ansiando pela atenção que a mãe lhe dava quando estava doente... É obvio que a única saída para uma pessoa assim era a psiquiatria e uma receita de anti-depressivos. "Sabe o que se passa... é que eu acho que as pessoas que a viram até agora tiveram receio de lhe dizer que isso pode ser só ansiedade". E eu expliquei-lhe que só me doía o peito quando me deitava completamente na horizontal e que melhorava quando me inclinava um bocado e que a falta de ar vinha quando falava muito ou fazia algum esforço físico. E ela continuava a compreender e continuava a dizer-me que não me estava a acusar de nada e que a ansiedade era uma coisa perfeitamente normal. E eu continuava a dizer-lhe que não me fazia diferença que fosse ansiedade, que só queria dormir e que a falta de ar me passasse. E ela continuava a compreender, obviamente. Mesmo depois de eu lhe dizer que a colega dela tinha dito que eu podia ter asma (depois de ver um exame à função respiratória que eu fiz) e depois de ler o exame completamente (para além da primeira frase que dizia "(...)dentro da normalidade(...)") e de descobrir que esse mesmo exame também dizia "(...)revela sensibilidade já considerável a (...)" e de mudar de expressão por uns segundos depois de ler isso, nada a demoveu do seu diagnóstico. "Afinal, a mãe dela morreu, tem que ser maluca ou pelo menos extremamente perturbada!"

E pronto, aqui estou eu, 12 horas e tal depois, com a mesma falta de ar, a mesma dor no peito, a mesma tosse e uma indicação para a consulta de psiquiatria que diz que eu revelo sintomas de “falta de ar” e dores no peito dos quais as causas não são reveladas no raioX ao tórax. As aspas aqui são mesmo citação, ela realmente pôs “falta de ar” no papel. Eu não quero estar doente, mas isto é no mínimo um bocado frustrante…



Não percam o próximo episódio, porque nós também não!

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Ano Novo, tudo igual.

A verdade é que as coisas não mudam muito, nem antes nem depois da meia noite.